quarta-feira, 8 de julho de 2009

Seção games Retrô, Terror no seu SNES!












Por: Bidu Macarta


Os games de terror são um genêro relativamente novo na historia dos videogames, principalmente porque seria muito dificil alguem fazer alguma coisa assustadora no Atari por exemplo. Acho que uns dos primeiros jogos deste genero foi Alone in the Dark e o Clock Tower de SNES e como Alone in the Dark já é bem famoso, vou falar sobre o Clock Tower do SNES, que infelizmente só saiu no japão, mas há a Rom traduzida em inglês na net.
Muitas pessoas acreditam que não é muito possível sentir medo com um jogo de super nintendo devido as limitações gráficas, mas acredite, Clock Tower é o tipo de jogo que deixa o jogador bastante tenso, então vamos falar sobre o jogo.
Em Clock Tower você controla uma garota fraca e lerda de 14 ou 16 anos, o nome dela é Jennifer, uma orfã que foi adotada por uma muito "simpática" senhora, junto com mais 3 amigas. A história começa com vocês sendo levadas para a bela mansão isolada (lógico que a casa tinha de ser isolada, senão não seria um jogo de terror) que tem uma grande torre de relógio
(de onde vem o nome do jogo), então vocês estão no hall todos felizes e contentes e a sua "simpática" nova mãe, vai chamar o marido, aí você dá uma voltinha, espera, e ela não volta, vocês começam a ficar preocupados, Jennifer então se prontifica a ir atrás da mulher, quando você sai do hall, você ouve um grito, ao voltar todas as suas amigas sumiram e as luzes estão desligadas e o jogo começa, com você tentando sobreviver e achar as suas amigas.
O jogo é no estilo point and click, com o direcional você comanda um cursor de mouse (apesar disto, não há como jogar o jogo com o mouse do SNES), os botões R e L servem pra você correr nas respectivas direções, o Y você "clica", o A você abre o inventário, o X você para e descansa e o B é o que chamamos de panic button, pois sempre que há uma situação de vida ou morte você tem que apertar este botão desesperadamente pra tentar sobreviver. A barra de vida no jogo é baseada no nervossismo dela, na parte de baixo da tela tem a foto dela e a caixa de textos, a cor do plano de fundo e a cara dela indicam a sua vida, o azul é o máximo de vida, quando ela está calma, e o vermelho é quando ela está prestes a ter um ataque cardiaco, quando ela está nervosa você tem de parar e descansar até ela se acalmar, mas lógico que não é tão fácil, pois durante o jogo você vai ser perseguido (não vou revelar o que te persegue, é mais divertido descobrir na hora) e quando isto acontece, a única coisa que você pode fazer é correr e se esconder para despista-lo. Quando você não está sendo perseguido, você pode andar mais calmo, mas a Jennifer anda muito devagar e se você ficar correndo sem nínguem te perseguir ela começa a ficar nervosa, e é interessante ressaltar, que quando ela está correndo muito nervosa ela pode tropeçar e cair, e isto facilita muito para você ser morto. O jogo possui muitos finais,nove se eu não me engano, e você habilita eles de acordo com o que você faz no jogo, quem você encontrou, o que você descobriu na mansão, etc. Inclusive você pode zerar o jogo sem entender direito o que acontece na casa, ou você pode conseguir descobrir os mistérios e entender melhor o que está acontecendo.
O jogo em si é curto, porém como tem varios finais, ele acaba fazendo você jogar mais vezes, e é o tipo de jogo pra você jogar a noite e no escuro, então bom divertimento e tentem ficar vivos. MWAHAHEHAHEAA
Link pra baixar o jogo em inglês (é só usar a rom normal num emulador de SNES): Clock Tower (J) [T+Eng1.01_AGTP].zip
http://www.rom-world.com/file.php?id=25737

Nota do Jogo: 9,0

sexta-feira, 3 de julho de 2009

O RPG é inocente

Por Marcelo Del Debbio





O RPG não influenciou NENHUM crime no Brasil

Peço a todos os jogadores de RPG que copiem este texto em seus blogs, sites, flogs, comunidades do orkut e onde mais puderem, pois não seremos mais usados como bodes expiatórios por delegados ineficazes, pastores evangélicos, vereadores oportunistas e jornalistas incompetentes.

O texto abaixo dá nome aos bois: às vítimas, aos assassinos e aos oportunistas que usaram os crimes para se promoverem. Chega de notícias distorcidas, incompletas e tendenciosas.

TERESÓPOLIS

Em 14 e 20 de Novembro de 2000, na cidade de Teresópolis (RJ), duas garotas de 14 (Iara dos Santos Silva) e 17 (Fernanda Venâncio Ramos) anos foram estupradas, torturadas e estranguladas com um intervalo de seis dias entre os crimes.

Sônia Ramos, 42, madrasta de Fernanda, a segunda vítima, levantou a suspeita de que as atrocidades pudessem estar ligadas ao jogo porque sua filha (a VÍTIMA, que NÃO jogava RPG) andava na companhia de outros garotos que jogavam GURPS e Vampiro (sua alegação se baseou no fato de que sua filha andava as voltas “com pessoas que se fantasiavam de vampiros”).

Inclusive a polícia chegou a prender injustamente um jogador de RPG, que não vou falar o nome porque o coitado era inocente e não merece ter seu nome publicado, mas que passou quatro dias na cadeia por causa deste absurdo. O verdadeiro assassino das garotas foi preso após o 5o crime, depois da prisão do RPGista; era um cigano e NUNCA sequer passou perto de um livro de RPG.

A imprensa irresponsável, assim como no caso famoso da “Escolinha Base”, foi muito rápida em divulgar versões fantasiosas sobre o “jogo da morte”, mas NUNCA publicou uma linha sequer se desculpando com os 400.000 jogadores de RPG que foram ofendidos em sua moral e prejudicados diante da sociedade.

OURO PRETO

No dia 10 de outubro de 2001, Aline Silveira Soares viajou do Espírito Santo com sua prima e alguns colegas para Ouro Preto para participar da “Festa do Doze”, que é uma espécie de Carnaval fora de hora entre as faculdades da região, com R$40,00 e a roupa do corpo para passar três dias.

Segundo o laudo, Aline consumiu drogas durante o dia anterior ao de sua morte. Esta informação foi confirmada por diversas testemunhas que também participavam da festa, em Ouro Preto (testemunhas que foram solenemente ignoradas pelo delegado Adauto Corrêa após as investigações tomarem o rumo circence). Aline não tinha dinheiro e acreditou que conseguiria fugir do traficante sem pagar pela droga que consumiu, mas no dia de sua morte (14 de Outubro de 2001), foi abordada pelo criminoso no caminho de volta para a república onde estava hospedada (o cemitério fica exatamente no meio do trajeto entre o local da festa e a república). Testemunhas (que também foram ignoradas no inquérito oficial) disseram ter visto Aline conversar com um conhecido traficante da cidade na porta do cemitério algumas horas antes de sua morte.

De acordo com especialistas em crimes relacionados a drogas, Aline provavelmente teria se oferecido para ter relações sexuais com o traficante para pagar a dívida, pois as roupas da garota foram encontradas “cuidadosamente dobradas e dispostas ao lado do local do crime, sem nenhum indício de violência ou de coerção”. Aline tomou o cuidado de deixar suas sobre uma das lápides, dobradas com a jaqueta por baixo, para que não sujassem.

Ainda segundo o laudo oficial da perícia técnica, durante a primeira facada que Aline recebeu, o corpo estava na posição acocorada, popularmente conhecida como “de quatro”. Segundo especialistas em crimes de estupro, o traficante provavelmente teria tentado obrigar Aline a realizar sexo anal, que possivelmente foi rejeitado pela garota, resultando no primeiro golpe com a faca. O traficante, tendo ferido Aline seriamente, não viu alternativa a não ser terminar de matá-la. Para disfarçar, o assassino colocou o corpo de Aline em posição deitada sobre a lápide (pelas fotos da perícia e rastros de sangue, pode-se atestar que o corpo foi movido APÓS a sua morte) para tentar atrapalhar as investigações.

Quando o corpo foi encontrado, os policiais começaram as investigações pelos locais em que Aline se hospedou e em uma das repúblicas foram encontrados alguns livros de RPG, que o delegado, evangélico confesso, classificou como “material satanista”. A partir disto, um vereador oportunista chamado Bentinho Duarte (sem partido) viu nisso uma chance de se promover realizando terrorismo psicológico e, junto com o Promotor Fernando Martins (conhecido por ter tentado proibir a distribuições de jogos como Duke Nuken e Carmagedon), moveu ação contra as empresas Devir Livraria e Daemon editora tentando a proibição de 3 títulos (Vampiro: a Máscara, Gurps Illuminati e Demônios: a Divina Comédia).

Resumindo: um crime que não teve nada a ver com RPG, mas sim com DÍVIDA DE DROGAS resultou até agora na prisão de 4 garotos injustamente (que NÃO são jogadores de RPG, fato comprovado pela mãe da vítima em depoimento ao vivo na rede Bandeirantes de TV) e um completo show de aberrações e absurdos na mídia.

GUARAPARI


Polícia Civil do Espírito Santo prendeu, na noite de 12 de Maio de 2005, dois acusados pelo assassinato do aposentado Douglas Augusto Guedes, da mulher dele, a corretora de imóveis Heloísa Helena Andrade Guedes, e do filho do casal Tiago Guedes, em Guarapari. Os corpos dos três foram encontrados amarrados e deitados em camas no dia 5 de maio. Na mesma data, eles foram sepultados.

O delegado da Divisão de Homicídios de Guarapari, Alexandre Linconl, evangélico, disse ao Portal Terra que os assassinos MAYDERSON DE VARGAS MENDES, 21 anos, e RONALD RIBEIRO RODRIGUES, 22, confessaram que eles mataram a família motivados pelo jogo, mas essa “confissão” não ocorreu imediatamente após o crime.

O crime que Mayderson e Ronald cometeram é o de LATROCÍNIO QUALIFICADO E PREMEDITADO, ou seja, mataram para roubar de uma maneira cruel e sem dar chance de defesa às vítimas, com premeditação. Esse é um crime hediondo, sendo julgado e condenado diretamente por um juiz criminal. Ambos os acusados já tinham ficha criminal (ambos estão respondendo processo por Porte ilegal de Arma).

O que o advogado de defesa da dupla estava fazendo era alegar que eles cometeram o crime influenciado pelo jogo e, com essa ação, tentar reverter o crime para Homicídio Simples, baseado no tal jogo que ninguém sabe o que é. Com isso, os assassinos iriam para um júri popular, que poderia ser muito bem influenciado por todo esse novo circo que a mídia sensacionalista armou e, jogando a culpa em cima do RPG, poderia até inocentar os “pobres coitadinhos vítimas do jogo” Mayderson e Ronald…

O que tem de ficar bem claro é o seguinte: os criminosos entraram na casa, apontaram armas para Tiago e sua família, doparam a família sob a mira do revólver, levaram o garoto até o caixa eletrônico onde roubaram R$ 4.000,00 de sua poupança e depois executaram friamente a família com tiros na cabeça, para não serem reconhecidos. A história do “RPG” só apareceu dois dias depois que os assassinos foram capturados pela polícia, sob orientação do advogado de defesa da dupla.

É bom lembrar, já que a mídia “esqueceu”, que, graças à intervenção da Daemon Editora e da conversa de Marcelo Del Debbio, escritor especialista em Role Playing Games, com o delegado de Guarapari ao vivo em uma entrevista na Rede Bandeirantes de TV, o advogado de defesa da dupla abandonou o caso, deixando os dois criminosos sem advogado à espera de um defensor público.

Com estes textos, podemos começar a nos defender dos três falsos “crimes do RPG”. Já está na hora destas informações serem passadas para jornalistas sérios que queiram nos ajudar a fazer a verdade aparecer.



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Pedimos a todos os amantes do RPG que entrem na campanha Bom é Jogar RPG!

[Via Nerds Somos Nozes]